Esta necessidade, mais do que ontem, é hoje por demais evidente. Desde o primeiro dia que nos preocupamos com as questões ambientais, com a sustentabilidade, com o impacto provocado pelos resíduos, com os aspectos da nossa actividade que geram subprodutos nocivos e poluentes.
No caso do projecto Voador esta preocupação, foi a razão que nos levou a organizar uma cadeia de produtores de embalagens e de sub-produtos para embalar as nossas peças, sobretudo no respeita ás peças artesanais, que garantisse o menor impacto possível e nos permitisse simultaneamente, criar mecanismos de upcicling e de geração de rendimento.
Parcerias que dão frutos
A estratégia adoptada passou pela realização de contactos com empresas que possuem resíduos de cartonagem, para depois de desenhadas as soluções técnicas, encontrar um parceiro local que pudesse, com base nesses mesmos resíduos, produzir embalagens que viessem a ser vendidas aos produtores que integram a plataforma. Esta primeira etapa foi alcançada através de uma parceria com a papelaria Académica, que nos cede as suas embalagens usadas de cartão, e com a Associação dos artesãos da Praia, que executa as embalagens de acordo com as especificações por nós desenhadas.
Pensar, desenhar, voltar a desenhar
Finalmente mas não menos importante, desenvolvemos um conjunto de desenhos de embalagens, fazendo uso das fibras vegetais, de cana e de tamarindo, para serem o primeiro receptáculo no qual são depositadas boa parte das nossas peças. Executadas pelas mãos experientes da cesteira Garcinda Rocha e pela mestria de Simplicio Silva, estas embalagens são por si próprias, autenticas obras de arte.
O material de enchimento, por sua vez, resulta do aproveitamento das tiras de papel, sub-produto das máquinas destruidoras de papel, que pela sua textura e volume, se apresentam como uma solução de protecção de excelentes características.
Estamos certos que este esforço será devidamente apreciado por todos aqueles que se aventurarem nos mares do Voador.
Bem vindos
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